O risco de o meu “desabafo” lhe parecer agressivo é tão elevado quanto o nível da minha indignação. Mas não me preocupa o fato de o meu discurso desagradar ou ofender algum personagem do sistema que, diga-se de passagem, é inoperante, é podre. Considerando que derrubaram a obrigatoriedade do diploma para jornalistas a fim de garantir a liberdade de expressão, me reservo o direito de escrever o que eu quiser e publicar onde eu entender que devo. É o meu direito de cidadã, já que ainda não sou jornalista formada, de me expressar e dizer o que penso.
O Brasil possui três classes sociais bem distintas: a baixa, que são os trabalhadores; a média, que são os mandriões ; e a alta, que são os salafrários.
Comecemos a análise pelo topo da pirâmide, onde está a elite. Obviamente fazer parte do alto escalão da sociedade brasileira tem lá suas vantagens: salário máximo, transporte exclusivo em carro de luxo, moradia, uma multidão de assessores bem pagos, viagens internacionais para a família inteira e, para simplificar, o tal de cartão corporativo para os gastos injustificáveis. Isso tudo rigorosamente dentro da Lei! E o que não é de direito, não significa que seja impossível. Nada que um “ato secreto” bem feito não resolva, não é? Tudo isso para as despesas básicas, para sustentar o padrão de vida da classe alta. Para avolumar o patrimônio das famílias dos salafrários faz-se necessárias outras medidas estratégicas: fraudes em licitações, superfaturamentos, propinas, dinheiro nas meias, nas cuecas e nos paraísos fiscais. Justo! Aliás, justíssimo. Os trabalhos intelectuais e não os braçais são os mais valorizados, é a lei do mercado. Então, essa exorbitância financeira é mais do que merecida. Afinal, representar (governar) as outras duas classes, roubar em grande estilo, burlar a lei e ainda conseguir que ela não seja cumprida não deve ser tarefa fácil mesmo. Deve exigir muito esforço mental dos salafrários (coitados!).
Logo abaixo está a classe intermediária, dos mandriões (os pobres se preferir). Eles vêm logo após os salafrários porque estão diretamente ligados. Um depende do outro. Bom, além de se sustentarem no topo, os salafrários ainda têm que sustentar o sistema. Que responsabilidade! A roda tem que se manter sempre viva: a classe alta tem que elaborar, aprovar e implementar os programas sociais para garantir os votos dos beneficiários e assim manterem-se no poder. Pesquisas recentes do CNI/Ibope comprovam o círculo vicioso. Nos Estados onde os recursos para programas sociais foram maiores, a votação no atual governo cresceu na mesma proporção. Compreensível! Afinal, é uma forma de manter a “teta” e retribuir, de ingratos ninguém pode lhes acusar. Parafraseando o presidente Lula, nunca na história deste país se criou tantos programas sociais. São milhões e milhões de famílias escoradas no paternalismo do sistema. Chego a me confundir com tantos “vales”, por isso não vou cita-los, a probabilidade de deixar algum de fora é eminente. Agora o Senado aprovou o “vale-cultura”. Além de garantir a sobrevivência ociosa, o governo vai garantir também a diversão. Se o dinheiro for mesmo utilizado pelos beneficiários para o fim o qual foi criado o “n” programa social, imaginem quais shows freqüentarão e que tipos de CD’s e DVD’s irão adquirir. Sim, porque livros e materiais educativos, eu duvido!
Nada contra incentivar a cultura! Pelo contrario. Mas antes, faz-se extremamente necessária uma grande reforma na cultura, não de todo o povo brasileiro, mas principalmente da classe intermediária. Agora sim, cada vez mais, lixos culturais como o “Rap das Armas”, por exemplo, vai ecoar Brasil afora.
Investimentos na cultura são bem-vindos, mas não a todo e qualquer tipo de cultura. Entendendo o termo pelo viés da Antropologia, a cultura é a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo Edward Burnett Tylor, a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Diante disso, você há de concordar que não é qualquer hábito ou costume que se deve incentivar.
Ao compartilhar minha insatisfação com algumas pessoas de redes sociais virtuais as quais participo, recebi um comentário interessante. O internauta, que não se identificou, disse o seguinte:
“Vai transar? O governo dá a Bolsa-Camisinha;
Já transou? O governo dá a Bolsa-Pílula do Dia Seguinte;
Engravidou? O governo dá a Bolsa-Família;
Está desempregado? O governo dá a Bolsa-Desemprego;
Está preso? O governo dá a Bolsa-Marginal (para sustentar os filhos);
Pertence ao PT ou partido aliado? O Governo dá a Bolsa-Cartão Corporativo;
Agora, experimenta trabalhar, estudar e andar na linha...você vai ganhar uma bolsa de impostos nunca vista na história de nenhum outro país”.
Sobre a “Bolsa-Celular” outra internauta respondeu: “Interessante! A exemplo de muitos brasileiros, eu trabalho dez horas por dia e ganho menos de dois salários mínimos. Eu não tenho direito a nenhum benefício do governo e compro celular, gás, pago conta de luz sem benefício algum. Pra quê esta classe vai querer estudar e trabalhar se há mais incentivo em ficar parado?”. Para concluir, na base da pirâmide, carregando toda a carga, sustentando o alto-escalão e a classe intermediária estão os trabalhadores. Esses são os que acordam cedo todos os dias, trabalham, cumprem com seus compromissos, pagam altos impostos e literalmente pagam pela boa vida dos salafrários e dos mandriões. Então, trabalhar pra quê, idiota? Se não pode virar salafrário vira preguiçoso! Mas se você tem princípios e a sua cultura é trabalhar, é buscar objetivos e ideais de vida, continue na base.
O Brasil possui três classes sociais bem distintas: a baixa, que são os trabalhadores; a média, que são os mandriões ; e a alta, que são os salafrários.
Comecemos a análise pelo topo da pirâmide, onde está a elite. Obviamente fazer parte do alto escalão da sociedade brasileira tem lá suas vantagens: salário máximo, transporte exclusivo em carro de luxo, moradia, uma multidão de assessores bem pagos, viagens internacionais para a família inteira e, para simplificar, o tal de cartão corporativo para os gastos injustificáveis. Isso tudo rigorosamente dentro da Lei! E o que não é de direito, não significa que seja impossível. Nada que um “ato secreto” bem feito não resolva, não é? Tudo isso para as despesas básicas, para sustentar o padrão de vida da classe alta. Para avolumar o patrimônio das famílias dos salafrários faz-se necessárias outras medidas estratégicas: fraudes em licitações, superfaturamentos, propinas, dinheiro nas meias, nas cuecas e nos paraísos fiscais. Justo! Aliás, justíssimo. Os trabalhos intelectuais e não os braçais são os mais valorizados, é a lei do mercado. Então, essa exorbitância financeira é mais do que merecida. Afinal, representar (governar) as outras duas classes, roubar em grande estilo, burlar a lei e ainda conseguir que ela não seja cumprida não deve ser tarefa fácil mesmo. Deve exigir muito esforço mental dos salafrários (coitados!).
Logo abaixo está a classe intermediária, dos mandriões (os pobres se preferir). Eles vêm logo após os salafrários porque estão diretamente ligados. Um depende do outro. Bom, além de se sustentarem no topo, os salafrários ainda têm que sustentar o sistema. Que responsabilidade! A roda tem que se manter sempre viva: a classe alta tem que elaborar, aprovar e implementar os programas sociais para garantir os votos dos beneficiários e assim manterem-se no poder. Pesquisas recentes do CNI/Ibope comprovam o círculo vicioso. Nos Estados onde os recursos para programas sociais foram maiores, a votação no atual governo cresceu na mesma proporção. Compreensível! Afinal, é uma forma de manter a “teta” e retribuir, de ingratos ninguém pode lhes acusar. Parafraseando o presidente Lula, nunca na história deste país se criou tantos programas sociais. São milhões e milhões de famílias escoradas no paternalismo do sistema. Chego a me confundir com tantos “vales”, por isso não vou cita-los, a probabilidade de deixar algum de fora é eminente. Agora o Senado aprovou o “vale-cultura”. Além de garantir a sobrevivência ociosa, o governo vai garantir também a diversão. Se o dinheiro for mesmo utilizado pelos beneficiários para o fim o qual foi criado o “n” programa social, imaginem quais shows freqüentarão e que tipos de CD’s e DVD’s irão adquirir. Sim, porque livros e materiais educativos, eu duvido!
Nada contra incentivar a cultura! Pelo contrario. Mas antes, faz-se extremamente necessária uma grande reforma na cultura, não de todo o povo brasileiro, mas principalmente da classe intermediária. Agora sim, cada vez mais, lixos culturais como o “Rap das Armas”, por exemplo, vai ecoar Brasil afora.
Investimentos na cultura são bem-vindos, mas não a todo e qualquer tipo de cultura. Entendendo o termo pelo viés da Antropologia, a cultura é a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo Edward Burnett Tylor, a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Diante disso, você há de concordar que não é qualquer hábito ou costume que se deve incentivar.
Ao compartilhar minha insatisfação com algumas pessoas de redes sociais virtuais as quais participo, recebi um comentário interessante. O internauta, que não se identificou, disse o seguinte:
“Vai transar? O governo dá a Bolsa-Camisinha;
Já transou? O governo dá a Bolsa-Pílula do Dia Seguinte;
Engravidou? O governo dá a Bolsa-Família;
Está desempregado? O governo dá a Bolsa-Desemprego;
Está preso? O governo dá a Bolsa-Marginal (para sustentar os filhos);
Pertence ao PT ou partido aliado? O Governo dá a Bolsa-Cartão Corporativo;
Agora, experimenta trabalhar, estudar e andar na linha...você vai ganhar uma bolsa de impostos nunca vista na história de nenhum outro país”.
Sobre a “Bolsa-Celular” outra internauta respondeu: “Interessante! A exemplo de muitos brasileiros, eu trabalho dez horas por dia e ganho menos de dois salários mínimos. Eu não tenho direito a nenhum benefício do governo e compro celular, gás, pago conta de luz sem benefício algum. Pra quê esta classe vai querer estudar e trabalhar se há mais incentivo em ficar parado?”. Para concluir, na base da pirâmide, carregando toda a carga, sustentando o alto-escalão e a classe intermediária estão os trabalhadores. Esses são os que acordam cedo todos os dias, trabalham, cumprem com seus compromissos, pagam altos impostos e literalmente pagam pela boa vida dos salafrários e dos mandriões. Então, trabalhar pra quê, idiota? Se não pode virar salafrário vira preguiçoso! Mas se você tem princípios e a sua cultura é trabalhar, é buscar objetivos e ideais de vida, continue na base.